domingo, 29 de junho de 2008

COMO VAI A SAÚDE NO MEU PAÍS



A saúde está doente neste país.

Há já algum tempo que meu genro se queixa de dores fortes no estomago, foi ao médico fizeram-lhe exames e diagnosticaram-lhe uma hernia estomacal., medicaram-no e ele tem seguido á risca os tratamentos recomendados.


Anteontem teve dores fortíssimas durante a noite e de manhã foi ao SAP para o medicarem. Com as queixas que ele apresentava, mandaram-no ir ao hospital de Almada "Garcia de Horta", depois de la ter estado desde as nove e meia da manhã, até ás oito da noite regressou a casa com nova medicação, não tendo sequer sido feita uma endoscopia.


Hoje de manhã, como não tivesse dormido a noite toda com dores, chamamos a casa o Alerta médico de que somos assinantes. A médica que cá veio vê-lo, depois de ver a medicação que lhe deram no Hospital e após perguntas e analisá-lo, e, como não tinha meios para lhe fazer um exame mais municioso, pois pelas queixas achou tratar-se de uma apendicite, escreveu uma carta para o hospital e mandou-o ir lá novamente.


Chamou-se a ambulância para o levar, isto eram umas dez e meia da manhã, são neste momento seis horas da tarde e recebi um telefonema de minha filha dizendo que ainda ficaria no Hospital mais um tempo porque o marido iria ser operado ao apendice.


Ora se os médicos que o atenderam ontem, tivessem sido profissionais competentes, teriam feito de imediato todos os exames possíveis para lhe fazerem um diagnóstico correcto.


É assim que muita gente morre de uma apendicite aguda no século XXI, deixando o doente a padecer dando-lhe umas mésinhas para empaliar a dor e não sendo profissionais como deviam ser, fazendo todos os exames necessários a um diagnóstico certo.


Por sorte, a médica que veio cá a casa, mais conscienciosa. achou que as dores de estomago poderiam ser ocasionadas pelo apendice, uma vez que a ecografia ao estomago não apresentava nada que pudesse ocasionar os sintomas apresentados.


Mas se ela fosse como muitos que só pretendem despachar o doente? O que poderia ter ocasionado?


Isto porque os médicos que trabalham para o Estado se sentem mal pagos para o trabalho que fazem ou porque não estão vocacionados para o seu "métier", e, sobretudo porque são poucos para o número de doentes que têm e não receberam uma instrução adequada a verem no paciente um ser humano mas algo que os faz trabalhar e ganhar a vida.


É preciso que o Ministério da saúde exija das faculdades de medicina que se ensine que ser médico não é só diagnosticar, dar mésinhas e paliativos, mas ser um médico humanizado, consciente de que o doente é um ser humano, que merece respeito e atenção, que como tal deve ser tratado e que deve fazer exames completos e conscienciosos para poder salvar vidas que é para isso que estudam exercem. O doente se se queixa é porque algo está mal e é esse mal que se deve encontrar com os meios que só os hospitais possuem e com os conhecimentos que adquiriram no seu curso. Tive um primo médico, que mesmo depois de reformado e já com muita idade, ainda ia assistir a conferências médicas e que se interessava pelas novas descobertas no campo de nedicina, para poder diagnosticar correctamente e com consciência.


Um veterinário é mais consciente, porque o paciente não sabe dizer o que sente, mas ele usando os meios ao seu dispôr não despacha o animal sem verificar o que ele tem.


Onde iremos parar com a falta que temos de médicos, com a saúde entregue a profissionais desumanizados e sobrecarregados?
Finalmente domingo ao fim da tarde meu genro foi operado, tendo corrido tudo bem e tebe alta segunda feira de manhã, devendo voltar ao hospital na quinta feira para lhe tirarem o dreno.
trouxe para casa uma carta do operador , destinada á médica de família, que eu por acaso resolvi ler, onde mencionava ter sido operado a uma cistite hepática, que já estava a gangarenar. Como não sou médica, mas possuo alguns conhecimentos teóricos dado que como já disse tinha um primo médico, cheguei á conclusão de que não havia sido apendicite, como se suspeiava e como toda a família acreditou que fosse, até porque ele foi operado sem que lhe fosse explicado a quê, nem a ele nem á família, pois a acompanhá-lo estava a esposa e filhas. Só quinta feira quando foi retirar o dreno é que ele perguntou ao médico operador o que queria dizer a cistite hepática, e, nessa altura ficou a saber na realidade o que havia tido.
Ora como se opera um doente, pedindo-lhe que assine o termo de responsabilidade, sem que o mesmo seja exclarecido a que vai ser operado, ou até mesmo á família que o aguardava na sala de espera? E se a operação tivesse dado para o torto, como iriam descalçar a bota em relação á família, que pensou até ao fim ser uma simples apendicite?
É assim que se haje ? Por amor de Deus, tenham um pouco de respeito pelos seres humanos que estão deixando as suas vidas nas vossas mãos, e pela família dos mesmos que são humanos também e que precisam saber com que linhas se coser.






quinta-feira, 19 de junho de 2008

CRECHES - COM QUE LEI SE REGEM?


Hoje em dia todas, ou quase todas as mães têm necessidade de trabalhar, muito em especial as mães solteiras, para poderem suprir as necessidades de seus filhos e as próprias, para tal foram criadas instituições, estatais ou não, a que se denominaram creches, onde as mães colocam os seus filhos, cientes de que estas instituições, durante as horas de sua ausência no trabalho, cuidam capazmente de seus filhos.

As não estatais, devem ter além de uma assistente social e pessoal especializado em crianças, possuir serviços médicos, avençados ou próprios, seguro para acidentes com as crianças, pois nem os pais estão livres de que estes sucedam.

Estou inteiramente convencida de que as creches estatais funcionam da mesma maneira, se assim não é, está tudo mal.

Ora sucede que eu tenho um bisneto numa creche estatal, mais propriamente no Laranjeiro, e, minha neta, sua mãe, trabalha em Lisboa.

Ontem o menino caiu na creche por duas vezes, tendo ferido um joelho. A ferida foi desinfectada pela educadora, muito embora de forma superficial, pois hoje constactamos que tinha impurezas tais como alcatrão e terra. Hoje voltou a cair e feriu de novo o mesmo joelho. Como se queixava muito, a educadora tentou levá-lo ao posto médico, o que foi impedida pela directora. alrgando esta que a avó estava em casa, portanto que a chamassem para ela o levar ao posto médico.

Minha filha foi contactada e foi buscar o menino á creche onde a mandaram ir ao posto médico do Laranjeiro, aí não foi atendida, uma vez que o seu médico era de Corroios.

Fomos ao posto médico de Corroios, onde fomos inclusivé apelidadas de incompetentes, porque o
menino já tinha o joelho infectado, e, porque teríamos de ser nós, aliás a mãe, a ter ido ontem logo que ele se aleijou ao posto médico para o tratarem. Então o que estão a fazer na creche, que uma criança de magoa e não a levam, pelo menos ao posto médico a que estão adjuntas? Será necessário uma mãe faltar ao trabalho para um caso em que numa creche particular a criança seria devidamente tratada sem a necessidade de prejudicar nem a criança nem o horário de trabalho de uma mãe que está lutando pela sobrevivência dela e de seus filhos?

E como classificar a enfermeira que apelidou as avós e mãe de incompetentes, será que alguma vez ela foi mãe e teve de deixar seus filhos a cargo de uma instituição para os supervisionar e se viu na necessidade de abandonar o seu trabalho para levar seus filhos a um posto médico para lhes fazer um curativo simples num joelho esmurrado?

Eu fui ama, na Belgica, tinha cinco crianças comigo, era eu que as levava á supervisão mensal, que quando eles estavam doentes os levava ao médico e os medicava e supervisionava até os pais chegarem , e, dois deles eram bébés. A não ser que fosse algo de grave é que chamaria os pais para irem com eles ao médico. Acho que é para isso mesmo que os pais entregam os seus filhos a instituições ou amas, indo trabalhar descansados pois seus filhos estão bem entregues, ou então não existe razão para que estas instituições funcionem.

Gostaria de saber quais as leis que regem estas instituições, estatais, porque das particulares
tenho eu conhecimento porque já quiz abrir uma.

A quem de direito peço encarecidamente me esclareça sobre o assunto.