quinta-feira, 3 de maio de 2012

Carta aberta

Sr. Dr. Passos Coelho
Mais uma vez venho á sua presença para lhe expor o seguinte:
- O Senhor, como pai de família, ser humano e ex-zé-povinho, acha justo que um zé actual possa vir a perder a sua morada,, o seu emprego e após anos de descontos para o estado, agora se veja até privado da sua magra subsistência, pela inépcia de quem está á frente das instituições e não sabe sequer o que está fazendo, até porque tendo o seu garantido, está se  marimbando para os outros?
Ponha-se a si e á sua família na posição desse zé.
 Estou falando com conhecimento absoluto de causa e vou-lhe contar o que se passa e que não deve ser caso único, ainda que anteriormente houvessem, eu tenho conhecimento de vários, casos de abuso e fraude, este é genuíno.
A minha família, veio de Angola, em 75, de onde somos originários, ainda que meus avós sejam de cá e minha neta mais nova também, mas somos honestos e verídicos, nunca nos aboletamos nem fraudulentamente beneficiamos de  qualquer subsídio.
 Neste momento que estamos atravessando, muito difícil para uma maioria de portugueses, eu que trabalhei 40 e tal anos, tenho uma reforma equivalente a 18 anos de trabalho, porque o que descontei em África não conta e porque, ao chegar, sabendo que me faltavam 4 meses para completar o tempo requerido para tal, não me habilitei ao ingresso no Estado (pois trabalhava no ERA- Extensão Rural de Angola- Min. da Agricultura) aquando da minha vinda. ainda que tivesse cá a minha chefe a tratar desses assuntos, pois não me sentia com direito a usar, como muitos fizeram e que nunca trabalharam no Estado, de forma enganosa de um direito que não tinha.
 Meu genro, está reformado também, com reforma pequena, pelos mesmos motivos, só contam os anos de trabalho cá.
No entanto, eu sei de fonte limpa, pois tive um tio, já falecido, que os Estados que tinham colónias em África e que deram a independência, aos seus naturais, lá deslocados, lhes contaram esse tempo para a reforma.
 Ora minha neta mais nova ficou sem trabalho há pouco mais de um mês, porque o atelier de Arquitectura onde trabalhava teve de reduzir pessoal.
Foi-lhe dada a carta para requerer o subsídio de desemprego, ao ir tratar dele, já nessa altura teve de se deslocar aos Serviços correspondentes diversas vezes, porque "cada cabeça sua sentença", nunca lhe davam uma informação concreta. Lá conseguiu entregar o pedido e marcada a data para lá voltar.
Como ninguém pode prever quando vai adoecer, na data em que deveria apresentar-se á 2ª chamada, por motivo de doença não pode ir. Foi lá depois com o atestado passado pelo médico, foi-lhe dito que o atestado não servia, que tinha de levar um CIT. Foi ao posto médico a que pertence e lá foi-lhe dito que o impresso CIT só servia para funcionários públicos. Ora em que ficamos?
O zé paga,paga,paga e quando vai requerer o que tem direito só encontra entraves'
 O que fazer? Deixar-se morrer de fome? Perder-se o que se conseguiu á custa de muito trabalho e dificuldades, porque o Estado não tem pessoal competente para informar os utentes concretamente e com lisura? Onde estão a justiça e os direitos  humanos?
Diz a Constituição que todo o ser humano tem direito a um tecto e nutrição(Lei sobre os direitos humanos). Onde está isso na prática?Porque será que o Sr. Relvas, mero cidadão como todos os outros, inclusivé tem um motorista com um vencimento milionário' Será mais que os outros que se vêm na contingência de vir a morrer á  fome? Esse vencimento vem no DR. é espantoso.
Eu trabalhei num Ministério como empregada de limpeza e que fazia também o turno diário para servia cafés e outros quejandos, sou observadora e vi muita coisa, gostaria um dia de poder falar consigo pessoalmente e dar-lhe conhecimento de certas coisas, não tenho medo da justiça nem da cadeia, mas o que sei poderá um dia servir-lhe de muito.
Obrigada por me ouvir de novo, se ouvir.



domingo, 22 de abril de 2012

politica

Senhor Dr. Paços Coelho
A quando da sua eleição uma esperança se acendeu em minha alma, mas hoje sinto-me defraudada, como cidadã portuguesa pelo caminho que está levando seu governo, pois esperava que a sua inteligência e a sua proximidade etária à população  mais governo o encaminhassem para uma verdadeira e eficiente democracia no nosso país, tão prejudicado já durante tanto tempo pelas ideias e feitos retrógrados e caquéticos políticos que até agora nos têm governado.
Sempre pensei que, sangue mais jovem pudesse levar o país a uma governação mais equilibrada, mais justa mais concentânea com a palavra democracia, mas acabo por verificar que, em certa medida, está seguindo as pegadas dos seus antececessores.
 Cada vez há mais desigualdade, mais protecção á classe , dita alta, mais injustiças,
Para bem do povo e do país, seria mais justo deixarem de existir reformas e salários milionários, especialmente para aqueles que nada fazem a não ser encher os bolsos, pois em muito pouco, ou nada, contribuem para a riqueza do país, porque se a sua gerência der para o torto, quem acaba por pagar é o mais desfavorecido, porque o dinheiro tudo paga, infelizmente.
Nada se tem feito para estabilizar o défice do país, pois cada vez há mais desemprego, esquecendo-se que quem paga é aquele que trabalha, custe o que custar, mesmo sabendo que a receita de um país vem do trabalho do seu povo, não dos ricos. Assim não há economia que resista. Há tanto onde se possa ir buscar  para implementar o emprego, para que precisam os srs. ministros,secretários e adjuntos de motoristas e carros do Estado? Para que levam esses motoristas os carros do estado para casa? Não ganham para ter os seus próprios transportes, sendo os carros e não tantos, do estado somente para serviço dos ministérios? Claro, quem paga tudo isso é o Zé Povinho!
Porque precisam Srs. Como o Sr. Mário Soares de andar de transportes do Estado se nem sequer já lá estão? o Zé que pague!
Mas esse Zé já está a ficar farto de pagar e agora nem vai tendo , nem sequer para comer, como irá pagar?
Porque não diminuir os gastos do estado com salários e benesses a alguns dos seus membros, que  na maioria já têm as suas chorudas reformas e aplicar essas verbas na criação de industrias, muitas das quais deixaram de existir e que eram bem apreciadas lá fora  e outros quejandos, que já tivemos e foram aniquiladas,que possam na realidade criar emprego para aqueles que na verdade dão lucro ao país, o Zé Povinho?
Porque não criar uma mão de obra na função pública mais capaz e rentável, sem os afilhados que existem e que nada valem, ainda que em menos numero? Porque não acabar com certos subsidios e pôr toda essa gente a trabalhar seja no que fôr, acabando com a mão de obra de estrangeiros se pode e deve ser feita por nacionais, Pois se o podem fazer lá fora, melhor o deverão fazer cá dentro.
Há tanta coisa para ser feita e nós temos pessoal á altura para o fazer, é preciso que punhamos tudo no seu lugar, com justiça e  rectidão e o Sr. tem nas suas mãos  os meios para a realizar, basta querer.
Salazar com todas as coisas más, fez muito mais pelo país do que todos os governos após o 25 de Abril, queiramos ou não, é a mais pura das verdades e a prova foi ter ido para o outro mundo, como para ele veio(nú), sem dinheiro nem arras a quem deixar.
 Não sou, nem nunca fui salazarista, como também neste momento não tenho partido, nem quero ter, a que pertença(todos eles só querem a mesma coisa, dinheiro, posição e supremacia), mas a verdade salta à vista, Salazar foi um grande estadista, um Grande HOMEM, o seu maior erro foi deixar livres para fazer o que quizessem aqueles que o rodeavam. Devia ter estado mais atento ao deslumbramento dos membros do seu governo e da luxúria de certos países. Não se deixe cair no mesmo, por favor.
Onde nos levará a situação actual, já parou para pensar? Deixe de dar ouvidos a quem está perto de si para subir e que nada vale como ser humano, Aos membros de troica que não sabem  o que o nosso país é e do que seu povo é capaz e governe com o seu coração no caminho da justiça e da fraternidade, com mão firme e ao mesmo tempo com lisura. Deixe a Sra Merkel fazer a sua campanha hitlariana e o Sr. Sarcosi engendrar a sua Bastilha, faça a sua governação á moda lusitana, ou iremos todos para o buraco.
Não tenho ilusões e sei que a minha assertação é uma voz pregando no deserto, mas talvez essa mesma voz
 encontre algum eco no seu ego, pata bem do povo e do país.
Muito Obrigada por me escutar.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

DESABAFO

Mãe, querida mãe, como sempre senti e sinto a tua falta. Fizeste-me sempre tanta falta, mas há momentos em que, tu bem sabes  pois és mãe e mulher, em que preciso tanto do teu colo onde encostar a minha cabeça cansada, as tuas mãos para me acariciarem o rosto e afagarem os meus cabelos, o teu coração para me responder com a sabedoria que a idade confere a uma mulher e mãe, diluir as minhas angústias, desilusões e incertezas,para me dar conselhos, para apagar a dor que faz o meu coração sangrar. Nem sequer me lembro das tuas faces, mas pelo que conheço de minha avó e tias, tuas irmãs, sei que terias sido a melhor mãe do mundo, ainda que o não fosses, como minha mãe, serias e serás sempre a MINHA QUERIDA MÃE, pois só uma mãe, aquela que nos trouxe no ventre, que sofreu as dores para nos parir, que sofre as nossas dores, ainda que o não demonstre, pode entender-nos, aconselhar-nos e desejar somente o melhor para nós e dar-nos a felicidade. Podias ter sido a pior mulher do mundo, que serias sempre a minha querida mãe.
Hoje é um daqueles dias em que me sinto morrer a todo o momento, em que te sinto tão perto de mim e tão longe. Em que sinto a tuas mãos e tua voz a darem-me alento, em que preciso ainda mais de ti, Beijos querida mãe e obrigada.

quinta-feira, 15 de março de 2012

sentimentos

Quanto mais vivo menos gosto de viver neste mundo, onde todos os valores humanos, que valem a pena cultivar, parecem desvanecerem-se como fumo na alma de cada ser humano, dando lugar ao egoismo, egocentrismo e desumanidade.
as pessoas parecem ficar unicamente satisfeitas com a maneira cruel e fria com que resolvem os seus problemas e desilusões, não se importando a quem magoar, alheando-se completamente das leis universais, as quais Jesus pregou(  "amai-vos uns aos outros como a vós mesmos e como Eu vos amei" "perdoai setenta vezes sete, porque Deus perdoa ao infinito"), olvidam inclusivé tudo o que lhes foi dado com coração aberto, amor e perdão.
Já não sei porque vivi, pois a minha vida não tem servido de exemplo a ninguém. Não consegui incutir nos meus os valores familiares, de irmandade, de amor incondicional, de perdão, de inter-ajuda e lealdade, sou um zero à esquerda, uma nulidade, não mereço a vida e não a quero viver assim.
DEUS! Na Tua infinita misericordia e bondade vem em meu auxílio e põe termo a esta angústia.