sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

EDUCAÇÃO SEXUAL-INTERNET

Vi ontem o debate sobre a educação sexual e internet. Acho muito bem que se fale e debata estes temas, muito em especial a educação sexual, só que a achei pobre e mal estruturada e portanto nula.
Sou septuagenária, portanto com três gerações ás costas. Na minha geração, a educação sexual, em casa ou na escola era nula, era tabú. Na geração dos meus filhos esse assunto era tocado muito ao de leve, ainda que eu o abordasse com objectividade, pois não queria que os meus filhos caíssem nos mesmos erros que eu caí. Na geração dos meus netos, o assunto já era mais ou menos aberto, ainda que não fosse o essencial e o mais correcto. Hoje, que estamos no século XXI, o tema é mais amplamente tocado ainda que de forma incorrecta. Tenho bisnetos, uma delas já na adolescência, e receio muito que o tema lhe chegue ao conhecimento a maior parte das vezes, da pior forma, por amigas, colegas mal informadas e internet. A mãe é pessoa aberta, que não vai negar respostas a sua filha, e ela sabe que até a mim pode perguntar que eu respondo, mas nós já fomos adolescentes também, e, sabemos que os filhos mais facilmente requerem o conhecimento dos da sua idade do que dos adultos.
A educação sexual, deve ser ministrada pelos pais a partir da infancia, porque a sexualidade não
começa na adolescência, mas muito mais cedo, é um instinto natural e animal, e, nós somos sobretudo animais, ainda que racionais.
A escola não é um organismo educacional, é um organismo dedicado á instrução, o organismo educacional é o lar.
É certo que a escola pode fazer uma abordagem, desde que os alunos o queiram, dentro das áreas de instrução que o permitam, no estudo do corpo humano, etc., como alerta para a saúde,
para a prevenção. Mas nunca como uma disciplina.
Essa disciplina pertence aos pais e familiares, que a devem ministrar desde que a criança começa a fazer perguntas, respondendo correctamente com a linguagem e exemplos que possam ser absorvidos de acordo com as idades.
Não há desculpa de que não têm tempo, para os filhos devemos ter sempre tempo, desde que queiramos, temos sempre tempo para tudo. E se achámos que estavamos aptos a ser pais, temos o dever de estar disponíveis para os educar, os ouvir e lhes dar as respostas a que têm direito.
É precisamente essa lacuna dos pais de hoje que propicia a procura de respostas onde não devia
ser procurada. No meu tempo, as respostas eram procuradas erradamente, porque os pais se negavam a dá-las por ser tabú, hoje negam-se a dá-las porque não têm tempo. Então não tragam filhos ao mundo.
Quanto á violência, quer nas escolas, quer nos namoros, tudo se deve ao mesmo, a falha dos pais ou o exemplo caseiro. Todos sabemos que a violência doméstica existe ainda em grande escala, e, o exemplo dos filhos são os pais.
Quanto ao assunto internet, é certo que na internet as crianças têm acesso a este assunto e a outros mais, talvez mais prejudiciais, mas mais uma vez cabe aos pais saber elucidar seus filhos como devem utilizar a internet de forma construtivae a banir os programas que nem aos adultos interessa. Também é verdade que, a criança, sendo já de si curiosa, irá tentar saber porque seus pais não querem que veja certos programas, é absolutamente natural . Mas se tiver sido bem elucidada, certamente que aos primeiros impulsos, sucederá o desinteresse, pois nada de novo lhe pode advir dali. A internet é um meio de adquirir conhecimentos sobre assuntos que podem na realidade interessar a criança e o adolescente, bem como o adulto, é preciso que se lhes saiba despertar o interesse naquilo que vale a pena.

NÓS POR CÁ

Vejo diariamente este programa da SIC, pois acho interessante, até porque já era tempo de os portugueses tomarem decisões e especialmente de acordarem para chamar a atenção sobre o que está mal neste belo país á beira mar plantado.
Não podemos continuar a olhar com indiferença e displicência para todos os erros cometidos pelos organismos, estatais ou não, pelas incongruências existentes, como se elas não nos pudessem afectar, a nós ou a outros.
Se nós achamos bem delapidar o herário público deixado pelo governo anterior, para melhorar as nossas condições de vida, no sentido da modernização, etc., também devemos achar por bem que essa delapidação, se foi feita de maneira correcta, seja mantida para dela usufruirmos, mas não deixar que ela caia no vandalismo nem no desleixo, pois ao fim e ao cabo, somos nós que a estamos pagando e que a estamos usufruindo, portanto que seja de forma correcta e educada, e, sobretudo que tenha continuidade, para o bem do país e para o bem do povo que a paga e bem paga.
Devemos igualmente exigir que as obras, quer novas quer de manutenção, sejam feitas de maneira criteriosa e correcta para durarem.
Devemos igualmente exigir, que o governo e autarquias, zelem pelos bens do país, quer pela obra em execução, quer pela sua manutenção, para que não haja lugar a erros, a reclamações, a gastos supérfluos, que protejam tudo o que é património nacional, para que possa ser usufruido não só pelo povo, mas pelos turistas pois constitui uma fonte de receita , e, nós temos por cá muita coisa que pode servir de aliciante aos turistas, está é mal estruturada e pouco divulgada.

EUTANÁSIA

Mundialmente se tem debatido a questão da Eutanásia, sem que se chegue a uma conclusão definitiva sobre a sua legalidade.
Não sou a favor da mesma, desde que a pessoa esteja consciente, uma vez que a vida não pertence a ninguém senão àquele que no-la deu DEUS. Mas a verdade é que esse mesmo Deus nos deu livre arbítrio, portanto, deu-nos a escolha ou opção de escolhermos como queremos viver ou não viver (morrer). Mas também é verdade que se nos concedeu o dom da vida, Ele e só Ele tem direito a tirá-la quando chegar a hora de o fazer.
No entanto, Podemos optar pela maneira como queremos viver e Deus não interfere nessa decisão, portanto, podemos desejar e ser correcto e legal, querer que, em casos de uma doença grave ou acidente, em que as hipóteses de sobrevivência para uma vida normal sejam nulas, não ser reanimados. Que vida poderemos ter e Deus desejar que a prolonguemos, se a vamos viver mantidos por uma máquina, por conseguinte, sermos mortos-vivos? Não seria preferível, mais humano e mais caridoso, deixar que a vida se apague de uma vez por todas, do que obrigarmos a pessoa a manter-se neste mundo com uma vida fictícia que nos fará sofrer espiritualmente e fará sofrer quem nos é chegado? Será isso vida?
Se por acaso, com os meios e conhecimentos existentes, dado que a morte é considerada como tal quando o cérebro deixa de ter actividade, fossem feitos os exames correspondentes para verificar se a actividade cerebral é a normal num ser humano vivo, ou não e decidir por desligá-lo das ditas máquinas que vivem pelo doente? Pensem nisso e decidam com consciência, se vale a pena deixar o ser humano nesse estado de morto-vivo ou se será melhor deixá-lo partir para a sua jornada final.
Eu, pelo menos, sou apologista a que devemos deixar o ser humano decidir do seu destino final, claro, em casos que a sua vida não possa vir a ser normal após doença ou acidente. EU NÃO QUERO VIVER A VIDA DE UMA MÁQUINA, PREFIRO PARTIR.