Senhores Drs. Passos Coelho e Paulo Portas
Os Senhores acham justo cortar nas reformas de todos os funcionários públicos e fazerem uma excepção para os políticos e diplomatas?
Não serão estes também funcionários públicos? Não são eles pagos pelo erário público?
E porque razão, continua o zé povinho a pagar aquilo que os políticos gastaram sem rei nem roque?
O sol quando nasce é para todos, não somente para alguns. Porque razão então as leis hão-de ser diferentes para ricos e pobres? Ou comem todos ou não come ninguém.
Que culpa tem um mero funcionário público, ou mesmo um pobre trabalhador, que quem esteve ou está no governo tenha gasto mais do que devia, contribuindo assim para o actual estado das finanças públicas?
Tudo isto continua sendo imoral e contra o que é a verdadeira democracia.
Nestas circunstâncias nunca mais o país se endireita.
Continua meia dúzia de pessoas a comer e o restante a jejuar.
Transformámos-nos num povo demasiado pacífico e conformado. Acabaram-se os Afonso Henriques e quejandos das nossas epopeias, ficaram só os carneiros.
Estou cada vez mais desiludida e sinto-me cada vez menos portuguesa.
Os Senhores não têm consciência nem humanidade, são os pastores de um rebanho que o deixam morrer à mingua, desde que tenham a sua barriga cheia.
Dr Portas, há uns anos atrás deixei no seu partido, dirigida a si, uma exposição que, julgava eu, o poderia levar ao governo do país, pois tive a veleidade de pensar, mediante o que o Sr. dizia, que daria um bom primeiro ministro, eu admirava aquilo que julguei ser uma maneira honesta e recta de o Sr. ver o rumo que o país estava levando. Alem de ter ignorado para o que eu o alertava, vejo agora que todo o seu palavreado era apenas propaganda, nada era sentido e verdadeiro. Lamento.
Como anteriormente o afirmei ao Dr Passos Coelho, sou uma mera voz pregando no deserto, porque infelizmente o povo está cada vez mais desunido, mas pelo menos faço-os sentir o meu pesar.
Infelizmente também, não há hoje na classe política ninguém capaz de ser "PORTUGUÊS" para levar a bom termo o país e salvar a nossa identidade patriótica. Eu serei dos poucos que, a haver eleições, votarei em branco ou simplesmente me absterei de o fazer.
Eu sou apartidária, mas exultaria e nele votaria, se aparecesse um Partido liderado por um político sério, honesto que realmente olhasse pelo país, com os olhos do seu coração português, com a real vontade firme e impoluta de o salvar.
Já estou mais perto do lado de lá da vida do que de cá, mas podem crer que vou tremendamente desiludida com os políticos do meu país, e, se na verdade do outro lado eu puder fazer algo para vos fazer sentir isso o farei.
Obrigada pela atenção ( se a derem)
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