terça-feira, 21 de outubro de 2008

SERÁ ENGODO PARA NOVAS ELEIÇÕES?



O ano passado foi-me enviada, pela Assistência Social, uma carta em que me informavam que havia um subsídio para os reformados e que para mais informações me dirigisse áqueles serviços na minha área de residência. Cética, lá fui eu. Mas segundo me foi informado, como eu nessa altura estava a receber de reforma 310 Euros, portanto mais 3 Euros do que o limite para a atribuição daquele subsídio que eram 310 Euros, não tinha direito ao mesmo.

Este ano em Julho, foi-me novamente enviada uma carta daqueles Serviços, informando-me de que, se não tivesse uma reforma de 400 Euros , poderia habilitar-me ao SIC ,"Creio que se chama subsídio de inserçãp Social". Lá fui eu aos Serviços sociais da minha área, Desta vez não em Corroios, mas a um destacamento, em carrinha, no Seixal

Preenchi os papeis, foi-me dado um recibo de entrega, e, fiquei a aguardar uma resposta. Ao fim de dois meses, fui saber se já havia alguma resposta, Foi-me informado que teria de aguardar uns meses mais, pois tudo que haviam recebido para esse efeito, tinha sido compilado e catalogado por ordem alfabetica, e como eu começava por "M" ainda teria de esperar mais uns meses.

Acho que, quando o Governo decreta medidas Sociais para minorar as dificuldades financeiras dos utentes mais carenciados, estas medidas devem ter prioridade e ser executadas com a maior brevidade, posto que, os velhos que hoje recebem a sua magra reforma, já foram jovens ontem e



tinham de pagar as suas contribuições a tempo e horas, portanto é a tempo e horas que devem receber as suas beneces e não depois de morrer. Porque, vejam a minha situação por exemplo: tenho 322 Euros de reforma, já estive hospitalizada duas vezes, tenho medicamentos que não posso deixar de tomar, tenho uma dívida á Segurança Social que estou pagando dentro das minhas fracas posses, (dívida que moralmente me não acho devedora), tenho despesas a que me não posso esquivar, se quero viver dignamente, ainda o mês passado além dos medicamentos habituais, tive de pagar 37 Euros por vitaminas que não têm contribuição do Estado, porque havia perdido 13 quilos num mês e a minha médica achou que mos devia receitar, fora outros extras que podem não ser todos os meses mas que aparecem.

Então porque se faz alarde de uma medida, com publicidade na TV e tudo, para ajudar os velhos se não veem? Estamos fartos de promessas que não são cumpridas.

Eu pelo menos já estou saturada delas, pois quando vim de Angola em Novembro de 1975, como já não tive tempo de trazer os meus papeis como funcionária publica, ainda que aqui tivesse a minha Chefe D. Maritana Bráleo, pois estava a trabalhar no ERA (Extensão Rural de Angola), não fui reclamar a minha inserção no Estado, fui honesta, pois podia ter feito o que muitos fizeram que forjaram documentos. O tempo que trabalhei em empresas particulares não me foi contado porque não havia Caixa em Angola, mas sindicatos para os quais pagávamos para termos assistência médica e outros, como se a culpa fosse minha, quando se havia Caixa do Estado deveria haver Caixa para os outros como cá, não era tudo Portugal? Além de que o Sr. Comandante Ponces de Carvalho que nos foi visitar ao Calai, onde estávamos sob protecção Sul-Africana, fez promessas que nunca foram cumpridas.

Como quer o Governo Português que acreditemos nas suas promessas e boa vontade se nada se vê do que é prometido pelas eleições?


Senhores governantes, estamos todos atravessando uma crise grave, é altura de se porem as cartas na mesa e tentarmos ser honestos e verdadeiros, já chega de lançar poeira para os olhos do povo, e de lhes acenar com lenços brancos em farrapos. Já somos todos adultos para cairmos no engodo do rebuçado que se encontra na montra e a que nunca chegaremos.




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