quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SAÚDE

Senhora Ministra da Saúde,
Sou uma mera utente dos Serviços Sociais de Saúde, no Centro de Saúde de Corroios, onde tenho a minha médica de família, por sinal muito boa médica, sou deficiente cardíaca, tendo inclusivé comigo uma carta, passada pelo Hospital de Almada aquando lá estive internada, a qual devo trazer sempre comigo, e estou a fazer um tratamento sanguíneo que deve ser controlado com análise mensal. Para tal a minha médica marca-me consulta sempre que lá vou, pois a dita análise deve ser efectuada dois dias antes da consulta se realizar.

Ora da última vez que fui consultada a médica marcou-me consulta para 16 de Setembro, tendo-me fornecido a guia para a análise a qual deveria ir ser carimbada, ou seja autorizada pelo menos 12 dias antes de ser realizada. Sucede que a semana passada tive dores muito fortes na coluna que me não deixavam andar, pelo que tive de me deslocar ao SAP, posto que a minha médica de familia se encontra de férias,bem justas aliás, como me foram receitadas umas injecções, claro que tive de me deslocar ao meu posto médico para as tomar, como há quase 50 anos que não tomo vacina nenhuma, a enfermeira que me deu a injecção marcou-me para hoje a vacina do tétano. Ao levá-la, a enfermeira que ma deu, marcou-me a segunda dose para Setembro e foi nessa altura que me foi dito que a teria de ir tomar ao posto do Moínho da Maré, visto que o Posto de Corroios, onde pertenço iria para obras e que estaria fechado. Foi então que perguntei se a minha consulta se manteria para a data marcada pela Médica ou se haveria alteração,. Disseram-me então que todas as consultas ficaram canceladas e que teria de ir ver se conseguia consulta, pois não fariam outras marcações prévias.
Agora diga-me V. Exª como é que se dirige uma saúde assim? Até nos Hospitais, que são os Serviços de Saúde mais sobrecarregados, se houver alguma alteração, o utente é avisado e é-lhe feita nova marcação. O Posto médico do Moínho da Maré, tem os seus utentes, que são bastantes, pois funciona como consultório a quem não tem médico de Família, agora irá ficar com os utentes do Posto de Corroios com médico de família e sem direito a marcação prévia de consulta.
Como irei eu resolver a situação da consulta que tinha marcada para fazer a análise a tempo de a ter dois dias antes da consulta? E como eu deve haver centenas de outros utentes nas mesmas condições. Eu estou falando no meu caso, mas quantos não haverá nas mesmas condições e com a gravidade que o meu caso sugere.
Diga-me V. Exª, sou velha e reformada, mas se o caso fosse com a sua mãe, como o resolveria? Ou os velhos já são trapos que se podem ignorar e deitar fora?
Deixo á sua consideração Situações como a que exponho.

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