segunda-feira, 21 de abril de 2008

INSTRUÇÃO,EDUCAÇÃO E VIOLÊNCIA

Como por mim já foi dito em temas anteriores, a instrução em Portugal, deixa muito a desejar.
Quanto á educação, nem se fala como já disse, pois o nosso país saiu da opressão em todos os sentidos, sem ter sido preparado para a liberdade, o que ocasionou, numa anarquia completa, onde os pais deixam os filhos á deriva, dando-lhes uma liberdade absoluta, sem lhes ensinar, pois que nem eles próprios sabem, o que é liberdade e como usá~la de forma construtiva, as suas consequências e no que ela implica. Não lhes ensinando que a liberdade descontrolada, sem leis e normas, mesmo a pessoal, leva ao caos e á decadência do ser humano.
Eis pois as consequências desta situação, a perda de valores morais e sociais, a falta de respeito por tudo e todos, até por nós próprios, á violência.
E que dizer do papel do Estado? Deixou a população agir em completa liberdade para se vingar,se expandir de forma absolutamente errónea, sem lhe dar noções de comportamento e de respeito até por si próprios.
Apoiou tudo, de forma a que o povo se sentisse senhor absoluto do mundo e das suas próprias frustações, permitindo que os sentimentos animais ainda existentes no ser humano, prevalecessem sobre os sentimentos humanos.
E a violência surgiu então em todos os sectores da vida social.
No próprio seio do Governo, esta violência se manifesta, na luta pelo poder, sem olhar o interesse popular, sem olhar pela razão e futuro do povo e do país , permitindo o que se vê pelas ruas, o que se passa na justiça, na instrução, na educação, na saúde, na proliferação da corrupção em todos 0s sectores estatais e fora dele.
Somos um povo que de repente se vê com o ceptro na mão e que não sabe como usá-lo, porque sempre soube obedecer sem pensar e, agora quer mandar e não sabe, quer ser rico, sem ter dinheiro, quer ser intelectual. sem estrutura, quer ser senhor, sem ter aprendido a ser bom servidor, quer ser gestor, sem saber gerir, quer ordenar, sem saber obedecer, quer governar, sem saber como se constroi um governo sólido, quer a liberdade, que nunca teve, sem saber usa-la com rectidão e justiça, quer ter tudo e nada ceder.
Tudo isto gera insegurança, desencanto e sobretudo violência.
E o pior de tudo, é que essa violência influencia a juventude que é o futuro do paós.
Tudo está a contribuir para a violência juvenil, vejamos que até a comunicação social contribui para isso.
Nos canais de televisão, que é o meio de comunicação mais usado pela juventude, inclusivé os programas de desenhos animados, quer nos canais nacionais, quer no Panda e Cartoon Network, os desenhos animados apresentados só mostram violência.
Porque não passar os filmes de Walt Disney, em vez de bonecos sem nexo e que só ensinam violência, feitos quer por Japoneses, quer por outros "cartoonistas" de outros países, em que só se ouvem gritos e vê violência?
Assim como a literatura infantil, hoje em dia os livros para crianças, apresentam histórias infantis sem pés nem cabeça, sem conteúdo e, que em nada ajudam a criança a sonhar.
É preciso sonhar, para criar. Como poderão ámanhã, as crianças de hoje, ser por exemplo escritores e idealistas construtivos, se não se lhes despertar o intelecto com histórias que as façam sonhar com um futuro belo, que pode vir a ser duro, mas não vazio de sentimentos e ideais que o sonho pode realizar e, a realidade será mais atenuada pela imaginação?
A imaginação é fertil e pode preencher o vazio da alma e amenizar o carácte r violênto que é um dos atributos do animal/homem que somos.
Deixem a criança sonhar, porque nós adultos também sonhamos e devemos sonhar, pois sem sonhos a vida é enfadonha e, insípida e dificil de suportar. Ter sempre os pés assentes nas realidades da vida é embrutecer, é preciso sonhar, de quando em vez, para podermos buscar a verdade da existência.
Se os grandes intelectos não tivessem sonhado, imaginado, ainda viviamos na idade da pedra.
Olhem á volta e constactem que, as crianças de hoje nem brincar sabem, porque crescem num ambiente hostil e sem criatividade, num ambiente desprovido de sentimentos e de ideais, onde os pais lhes não despertam a imaginação, onde os sonhos são unicamente de grandeza, poder e hostilidade, onde não se olha a meios para atingir os fins, onde a lei que prevalece é a do mais forte.
Inclusivé, no que sempre foi o ex-libris do povo português, o futebol, agora existe mais violência do que desporto, violência entre equipas, violência entre adeptos, fora e dentro dos estádios.
Tudo leva ao que todos desejam ver banida de qualquer sociedade
A VIOLÊNCIA!!!

1 comentário:

L disse...

Fazes-me ter vontade de querer ter um "Rei Artur" a governar o nosso mundo.

Mas o povo só escolhe engenheiros que compram o titulo e fazem-se Primeiros-Ministros.

Beijo na avó dos netos
lisa e laranja